Instituto Luisa Mell muda nome e diz que ativista nunca doou

Entidade disse que a decisão de mudar o nome foi tomada para “despersonificar” o trabalho

O Instituto Luisa Mell, entidade conhecida pelo resgate e recuperação de animais em situação de risco, decidiu mudar de nome e não terá mais a identificação da ativista da causa animal. A partir de agora, o local se chamará Instituto Caramelo, em homenagem ao nome que é dado aos cachorros vira-lata.

Em uma nota sobre a mudança, o grupo informou que a opção de carregar o nome de Luisa Mell nos últimos anos foi “para ajudar o maior número de animais possível, partindo de uma marca conhecida com um trabalho real por trás”. No entanto, a entidade diz que Luisa nunca doou qualquer dinheiro para a iniciativa.

“Ao contrário do que muitos pensam, a Luisa nunca colocou dinheiro algum no Instituto. Nenhuma doação sequer. Foi dinheiro de outras pessoas do grupo e de doações que fizeram as coisas funcionarem ao longo desses anos”, escreveu a página nos comentários de uma publicação no Instagram em resposta a uma seguidora.

Em outro trecho da nota de esclarecimento, os responsáveis informaram que a decisão por mudar o nome do local foi tomada para “despersonificar o trabalho e separar posturas e interesses individuais do propósito do grupo” e que “foi fruto de muita conversa, entendimento e planejamento”.

“Toda nossa equipe se mantém, os animais seguem no abrigo e o nosso espaço, que foi cedido e construído com recursos particulares de uma das fundadoras, permanece o mesmo”, completaram os responsáveis.

POLÊMICA COM O CASO DA CAPIVARA FILÓ

Luisa Mell passou a ser alvo de críticas nas redes sociais nos últimos dias após ser acusada de ser a responsável por denunciar ao Ibama o influenciador Agenor Tupinambá, conhecido na internet por gravar vídeos com uma capivara que recebeu o nome de Filó. Agenor teve de entregar o animal ao órgão federal.

A ativista se defendeu das acusações e afirmou que ficou sabendo do caso pela imprensa, “depois que já estava a maior confusão”. Ela alegou que não foi a responsável pela denúncia do ocorrido ao Ibama.

“As pessoas agora inventam que fui eu que denunciei, sério, olha que loucura que virou essa internet! E todo mundo falando como se fosse uma verdade, não é verdade isso”, frisou.

Na sequência, ela disse que ligou para o Ibama “abismada”, defendendo Agenor, que foi forçado a entregar a capivara para o Ibama, multado em R$ 17 mil e acabou denunciado por suspeita de abuso, maus-tratos e exploração de animais silvestres.

“Quando eu soube, eu liguei abismada, falando “não, não pode fazer isso”. E aí veio assim: “ah, você não sabe do caso”. Porque eu falei assim “não tem maus-tratos”. Aí eles falaram “são os outros animais que morreram”. [Disseram] que tinha morrido uma bicho-preguiça recém-nascida, uma outra bicho-preguiça, e que eles achavam estranho como que toda hora estava aparecendo um filhote ali. Aí eu realmente dei um passo para trás”, acrescentou.

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