Sob comando do presidente Lula, o governo brasileiro segue em silêncio
No mesmo dia em que o TSE tirou os diretos políticos de Jair Bolsonaro por oito anos, o mesmo aconteceu com a principal adversária do ditador Nicolás Maduro fazia, pela presidência da Venezuela.
A líder de oposição, María Corina Machado, uma das pré-candidatas favoritas para as eleições presidenciais de 2024, foi inabilitada a exercer cargos públicos por 15 anos, por decisão da Controladoria Geral da Venezuela, segundo informações da Agência de Notícias EFE.
Diz a publicação:
“Assim, ela se junta a outros dois nomes importantes da oposição que já haviam sido barrado da disputa eleitoral: Juan Guaidó e Henrique Capriles”.
E prossegue:
“Segundo a Controladoria, a inabilitação de María Corina foi baseada em “irregularidades administrativas” quando ela foi deputada (2011-2014). A princípio, a inabilitação imposta em 2015 tinha vigência de um ano, mas a Controladoria a continuou investigando nos anos seguintes.
A opositora também é acusada de ter participado de “uma rede de corrupção” liderada por Guaidó, reconhecido, entre janeiro de 2019 e janeiro de 2023, como presidente interino da Venezuela por 50 países que não reconheceram a reeleição do presidente Nicolás Maduro em 2018, por considerá-la “fraudulenta””.
Ainda segundo a EFE, o veto, que sofreu protestos internacionais da Organização dos Estados Americanos (OEA) e dos governos Norte Americano e Colombiano (cujo presidente é o esquerdista (Gustavo Petro), ocorria em um momento em que Maduro, veja só, negociava concessões para aceitar realizar as eleições no próximo ano.
E prossegue a reportagem:
“Nesta semana, o Tribunal Penal Internacional reabriu uma investigação contra o regime de Maduro por violações de direitos humanos em razão da execução extrajudicial de militantes da oposição e criminosos comuns desde 2017″.
Sob comando do presidente Lula, o governo brasileiro segue em silêncio.
Em declaração na sexta-feira (30), horas após inabilitação, Maria Corina afirmou, durante ato político, que sabia do resultado, mas garante que a decisão será inútil:
“Ninguém se surpreende, isso estava por vir, mas se eles acreditam ou acharam que essa farsa de inabilitação ia desestimular a participação nas primárias, devem se preparar, porque se tínhamos força, agora vamos com mais força”.