Alexandre Kalil foi a uma igreja para tentar angariar apoio para sua candidatura
O pré-candidato ao governo de Minas Gerais que tem apoio de Lula (PT), Alexandre Kalil (PSD), participou de um culto e, ao receber oportunidade para falar ao público, pediu aos fiéis que orem por ele na disputa ao cargo, porém já se referiu à igreja como “um saco”.
Ex-prefeito de Belo Horizonte, Kalil foi recebido em uma igreja da capital mineira e pediu que os fiéis intercedessem por ele: “Eu gostaria de dizer o seguinte: Deus me deu essa missão, e eu peço a essa casa de Deus que peça, interceda, para que me dê força, porque em muitos momentos ela me falta”.
Kalil foi um dos prefeitos que implementou medidas draconianas durante o período de confinamento da pandemia de covid-19, tendo entrado em atritos com lideranças religiosas, defendendo inclusive o fechamento dos templos.
O então prefeito chegou a vetar uma lei que classificaria os templos religiosos como serviços essenciais em situação de calamidade pública, como no caso da pandemia. A proposta previa que locais de cultos poderiam permanecer sempre abertos, “prestando assistência espiritual e assistencial” para a comunidade.
“Eu não sou. Aí, quando fala em Deus, eles começam a me chamar pra ir em igreja, falo ‘não, gosto de bar, de whisky, disso que eu gosto, não me chama pra igreja não que igreja é um saco’. É isso. Então, você não pode falar. Conversa de pastor, padre, ’vem cá, na minha igreja é espetacular’… e ainda vai me tomar 10%”, disse na ocasião.
Na época, o comentarista Augusto Nunes, da Jovem Pan News, avaliou que Kalil teria que passar a campanha se explicando por suas falas e ações e que era o candidato ideal para o apoio do petista.
“Bom, [essas são] as parcerias do Lula, não é? O Lula é tido como um grande intuitivo político, adivinha qual é o melhor parceiro. Está aí. O Kalil vai ter que passar a campanha se explicando. Vai levar uma surra do [Romeu] Zema, antológica”, disse.