Ignorado pelo Telegram, TSE estuda banir app nas eleições

Corte eleitoral encaminhou dois e-mails e um documento físico à sede da empresa, mas não conseguiu retorno

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode banir do Brasil o aplicativo de mensagens Telegram do Brasil durante as eleições deste ano, informou reportagem do jornal Valor Econômico, publicada na terça-feira 18.

Presidida pelo ministro Luís Roberto Barroso, o objetivo da Corte seria diminuir a disseminação de fake news no aplicativo. Barroso está há mais de um mês tentando contatar o Telegram, que não tem escritório no Brasil.

O magistrado pretende estudar possíveis ações de combate a supostas notícias falsas, com a finalidade de garantir mais segurança ao processo eleitoral. Até o momento, contudo, Barroso não conseguiu resposta.

O TSE já encaminhou dois e-mails e um documento físico à sede da empresa, localizada nos Emirados Árabes. Nos registros dos Correios, porém, conta que as quatro tentativas de entrega foram negativas.

A expectativa agora é que o ministro reúna a Corte para decidir quais serão as providências em relação ao aplicativo.

O ministro acredita que o mensageiro é uma das principais ferramentas utilizadas por grupos supostamente dedicados a disseminar “teorias da conspiração e fake news” sobre o sistema eleitoral.

O Telegram passa por um boom de popularidade no Brasil. Atualmente, já está instalado em 53% dos smartphones do país, taxa que era de apenas 15% em 2018, segundo levantamento do site MobileTime.

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