Ibama autoriza Petrobras a realizar teste operacional em região do Amapá

Estatal fará uma avaliação para extração em águas ultra-profundas

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu a autorização para a Petrobras realizar um simulado operacional na região do Amapá. O teste servirá para a estatal fazer uma avaliação pré-operacional em águas ultra-profundas.

“A Petrobras tem que mostrar toda a capacidade de contenção de qualquer vazamento”, explicou Fernando Borges, diretor de Exploração e Produção da companhia, na sexta-feira 6. “Você simula um derrame que é feito lá, no local, com todos os recursos disponíveis e há demonstração de que os recursos alocados são competentes para você lidar com qualquer evento”.

De acordo com Borges, uma sonda de perfuração já foi contratada e a empresa ainda vai mobilizar sete barcos de apoio e dois helicópteros para a operação. O executivo afirmou que, a partir desse simulado, o Ibama vai poder emitir a licença de perfuração.

Caso o resultado seja positivo, a Petrobras, de imediato, poderá dar início à operação de perfuração no bloco, que fica distante 160 quilômetros da costa do extremo norte do Amapá, a cerca de 40 quilômetros da divisa com a Guiana.

“A gente espera o retorno à exploração na margem equatorial do Amazonas, uma vez que o último poço perfurado lá data de 2015, sendo que é uma região que vai desde o Amapá até o Rio Grande do Norte”, comentou Borges. “A Petrobras está preparada para atender todos os requisitos para o devido licenciamento ambiental e a gente espera que isso abra a oportunidade de continuar a exploração nas demais bacias da margem equatorial”.

Segundo a Agência Brasil, a estatal tem em torno de 450 poços perfurados exploratórios ou de produção na região. Para 2022, a Petrobras prevê perfurar nove poços offshore (alto mar), sendo oito no Brasil e um na Colômbia, além de uma parceria em um poço explorador na Argentina.

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