Jonathan Reuben, um contador de 21 anos do Reino Unido, perdeu mais de R$ 127,3 mil após levar um golpe no Instagram. Segundo ele, um perfil que ensinava como “ganhar dinheiro fácil”, de um outro homem de 21 anos, induzia usuários da rede social a apostarem em um esquema de investimento em moedas estrangeiras.
À BBC, Reuben afirmou que seguia o usuário pela atratividade de fazer dinheiro rapidamente. “Eu estava seguindo esse cara no Instagram e ele sempre posta o carro dele, um Maserati dourado, dizendo que é rico e que enriqueceu sozinho”. Segundo ele, os investimentos foram aumentando com o passar do tempo.
“Primeiro investi mil libras (cerca de R$ 7,49 mil) e, depois que vi que estava ganhando dinheiro, depositei um pouco mais e mais. No fim, perdi 17 mil libras (cerca de R$ 127,3 mil)”, disse o homem.
Golpe no Instagram é investigado pela polícia e Facebook
O suposto golpista, Gurvin Singh, vendia a ideia de que teria enriquecido investindo no câmbio de moedas estrangeiras. Com o investimento de outros usuários, Singh afirmava que replicaria o valor a cada negócio que fizesse. A promessa de lucros praticamente imediatos atraiu Reuben, já que Gurvin se encarregaria de fazer todo o “trabalho”.
Segundo ele, no início, os lucros aumentaram, por isso acabou investindo mais. No entanto, utilizando uma plataforma de investimentos, percebeu que suas aplicações despencaram rapidamente. “Eu tentei retirar o dinheiro, mas o sistema disse que a operação havia falhado. Eu pedi uma explicação, e a desculpa deles foi que os lucros caíram por causa do Brexit”, disse, em entrevista.
Depois disso, Reuben informou que todo o seu dinheiro “tinha desaparecido” e que “não conseguia mais contatar Gurvin ou qualquer pessoa envolvida”.
O golpe no Instagram está sendo investigado pelo Facebook, dono da plataforma de fotos, e pela Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido. A rede social informou que não há “espaço para comportamento fraudulento ou inautêntico no Instagram”. Também reforçou que sua equipe de segurança conta com 35 mil pessoas “trabalhando para manter nossas plataformas seguras, e bloqueamos milhões de contas todos os dias”.