Grupo terrorista disse não considerar qualquer pedido para que não intervenha na guerra
O número 2 do grupo terrorista libanês Hezbollah, Naim Qassem, declarou, nesta sexta-feira (13), que os seus membros estão “totalmente preparados” para intervir na guerra entre Israel e Gaza e defendeu que o farão se necessário, independentemente dos pedidos internacionais recebidos durante os últimos contatos para que não intervenham.
“O Hezbollah sabe exatamente quais são os seus deveres. Estamos totalmente preparados e prontos, e acompanhamos [a evolução] momento a momento”, disse o secretário-geral adjunto do movimento terrorista durante um evento de apoio à Faixa de Gaza nos subúrbios de Beirute.
Qassem afirmou que “os contatos nos bastidores com potências e os países árabes, bem como com os representantes da ONU que pediram direta e indiretamente o não envolvimento na batalha, não terão nenhum efeito”.
Durante o seu discurso, Qassem criticou o fato de, durante esses contatos, os atores da comunidade internacional perguntarem “por que não param a guerra” entre Israel e as milícias de Gaza e a resposta ser um pedido para que o Hezbollah “não interfira na batalha”.
“Nós, o Hezbollah, participamos no confronto no quadro da nossa visão e do nosso plano. Estamos atentos aos passos do inimigo, estamos totalmente preparados e, quando chegar o momento certo para levar a cabo qualquer ato, vamos realizá-lo”, afirmou o número dois do grupo.
Desde o último domingo (8), a formação xiita lançou vários mísseis do sul do Líbano contra o Estado judeu, causando pelo menos uma morte nas fileiras israelenses, e perdeu três membros em ações de Israel contra o território libanês.
Embora as suas ações até agora tenham sido limitadas, os especialistas não descartam envolvimento direto na guerra se Israel conseguir entrar em Gaza ou cumprir as suas ameaças de eliminar toda a liderança do movimento terrorista islâmico Hamas, algo visto como uma linha vermelha para o Hezbollah.
O líder máximo da formação, Hassan Nasrala, ainda não fez nenhum discurso desde o início do conflito do outro lado da fronteira, há quase uma semana.