Helder Barbalho testa a Justiça e impetra Habeas Corpus preventivo

O Governador do Pará parece que já começou a se proteger contra possíveis investigações da CPI da Covid.

Helder é filho do senador Jader Barbalho, membro do colegiado que analisa os atos do poder público na luta contra a pandemia do vírus chinês. Gastos dos estados com verbas federais poderão ser objeto de investigação.

Que a CPI da COVID, em funcionamento no Senado Federal desde terça-feira (27), foi instalada com o objetivo de criar factoides contra a atuação do governo federal no combate ao vírus chinês, e mesmo perseguir, acusar, espalhar o caos e antecipar as eleições de 2022, não resta dúvida.

Mas ainda há uma luz no fim do túnel em função do trabalho que será feito por parlamentares governistas ou pelos que são independentes, mas têm consciência do que é uma CPI. Por isso, há a expectativa de que venham a ocorrer as análises de como foi utilizado o dinheiro enviado pelo governo (em torno de R$ 1 trilhão) para estados e municípios.

Já pensando nisso, o governador do Pará, Helder Barbalho, pediu um habeas corpus preventivo por causa de um processo que corre em segredo de justiça, por suspeita de caixa 2 nas eleições de 2018, concedido pelo TRE-PA, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA).

Ah, mas não tem qualquer ligação com verbas utilizadas na pandemia, dirão alguns, e com razão. Mas é preciso olhar além. A ação do governador, filho do senador Jader Barbalho, que ocupa uma vaga de suplente na CPI (ainda que devesse declinar, declarando-se suspeito, em função do parentesco), é obviamente um “teste de blindagem”.

Ao ser prontamente atendido pelo TRE, haveria uma sinalização de que a justiça estaria receptiva, caso a comissão do senado intensifique ou venha a produzir novas provas na ação civil pública que investiga a compra de 400 ventiladores pulmonares da empresa SKN do Brasil Importadora e Exportadora de Eletrônicos LTDA, pelo estado do Pará

A aquisição, sem licitação, alvo da PF, foi de R$ 50,4 milhões, com pagamento antecipado de R$25,2 milhões, para tratar de pacientes com a COVID-19, mas nenhum dos aparelhos funcionou.

O Ministério Público pede o afastamento de Helder Barbalho do cargo.

Com informações do Jornal da Cidade

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