Hamas diz que usará reféns de Israel como “moeda de troca”

Palestinos armados capturaram dezenas de israelenses

O grupo islâmico Hamas disse que os reféns capturados por seus combatentes neste sábado (7) em Israel serão usados como moeda de troca para exigir a libertação de prisioneiros palestinos em penitenciárias israelenses.

“O número de reféns que temos libertará todos os prisioneiros palestinos das prisões israelenses”, disse Saleh al Arourim, um membro de alto escalão do Hamas.

Ele enfatizou que o grupo islâmico entrou “nessa batalha preparado para todos os cenários, incluindo um de longo prazo” e também uma possível operação militar terrestre israelense em Gaza.

As Brigadas al Qassam, braço armado do Hamas, disseram que alguns de seus combatentes que se infiltraram em Israel durante a manhã realizaram “um ataque simultâneo em mais de 50 posições” e que ainda há confrontos em cerca de 25.

O porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, declarou que as tropas do país estão agora lutando em 22 locais e que “não há nenhuma comunidade no sul de Israel” onde elas não estejam presentes. Ele acrescentou que alguns locais “foram livrados de terroristas”, mas em outros ainda estão ocorrendo combates.

Segundo o jornal Haaretz, houve captura de reféns nas comunidades de Ofakim e Beeri, onde as forças especiais israelenses agora estão lutando para recuperar o controle.

De acordo com o Exército israelense, “o principal objetivo agora é eliminar” todos os combatentes palestinos que cruzaram a cerca que separa Gaza de Israel e que “estão tentando retornar à Faixa”, razão pela qual as forças israelenses planejam contra-atacar primeiro pelo ar e depois “com meios terrestres pesados”.

As forças israelenses também continuam a mobilizar reservistas, com 31 batalhões regulares de prontidão e quatro divisões adicionais sendo levadas para locais de confrontos.

O Exército de Israel foi pego completamente de surpresa na manhã deste sábado por uma ofensiva de milicianos palestinos de Gaza por terra, mar e ar que levou o país a declarar estado de emergência nacional, o que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu chamou de “estado de guerra”.

Ao menos 300 pessoas foram mortas em Israel pelos ataques de Gaza, que incluíram o disparo de mais de 2 mil foguetes. Além disso, mais de 1 mil israelenses também ficaram feridos, e os hospitais estão em estado de emergência.

Houve algumas comemorações no enclave pelo que foi visto como uma conquista militar palestina, mas a maioria dos habitantes permanece em casa diante do pesado bombardeio israelense.

Fonte: EFE

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