Mãe e filha estavam visitando parentes em Israel quando foram sequestradas; elas foram entregues a representantes da Cruz Vermelha
O grupo terrorista Hamas divulgou um vídeo da libertação das duas primeiras reféns. As mulheres são mãe e filha norte-americanas.
Antes de serem sequestradas e levadas para a Faixa de Gaza, elas estavam em um kibutz em Nahal Oz, no sul de Israel. Judith e Natalie Raanan visitavam parentes.
O vídeo mostra o momento em que as mulheres foram entregues pelos terroristas a representantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
Os membros do Hamas aparecem com os rostos borrados, enquanto as norte-americanas ficam em silêncio nas imagens.
Judith e Natalie foram as primeiras pessoas sequestradas pelo Hamas liberadas desde o início da guerra, em 7 de outubro. As negociações para que ambas ganhassem a liberdade envolveram o governo do Catar.
Os terroristas ainda mantêm 201 reféns, entre mulheres, crianças e idosos.
Reféns a salvo
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que elas foram recebidas na fronteira pelas Forças de Defesa de Israel e foram levadas a uma base militar no centro de Israel, onde estavam os familiares.
A presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Mirjana Spoljaric, destacou que a operação representa “um fio de esperança”.
“A libertação de dois reféns em Gaza hoje é um fio de esperança. Estamos extremamente aliviados que agora elas podem ser reunidas [aos familiares] após duas semanas de agonia”, declarou.
“Continuamos a apelar por ações para proteger e aliviar o sofrimento de todos os civis afetados por este conflito devastador.”
Judith e Natalie moram em Chicago e viajaram para Israel para participar do aniversário de um parente. Elas foram raptadas pelo Hamas no dia 7 de outubro, quando iniciou os ataques contra Israel.
De acordo com um porta-voz da brigada Al-Qassam, braço armado do grupo terrorista, uma das vítimas do sequestro apresentava problemas de saúde.
O governo dos Estados Unidos ressaltou que as duas receberão apoio e que elas passaram por “uma provação terrível nestes últimos 14 dias”.
“Estou muito feliz por elas se reunirem em breve com a sua família, que tem sido assolada pelo medo”, disse presidente norte-americano Joe Biden.