Acusações entre direita e esquerda deixou os ânimos exaltados entre os deputados
Deputados governistas e da oposição trocaram farpas e acusações durante sessão na Câmara, nesta segunda-feira (9), enquanto debatiam sobre a guerra entre Israel e Hamas.
Deputados de direita criticavam a aproximação do governo Lula com o grupo terrorista que atacou o solo israelense de forma covarde, durante um sábado e feriado judeu.
A deputada Clarissa Tércio (PP-PE), que estava viajando para Israel quando a guerra foi declarada, questionou os motivos que fizeram com que o esquerdista Lula não citasse o nome do Hamas na nota que emitiu sobre o assunto.
“Eu pergunto: qual o motivo de o presidente Lula não ter agido com firmeza e nem sequer citar o grupo terrorista Hamas quando falou dos ataques? Eu pergunto aqui, e o mundo está observando os Estados Unidos enviando ajuda militar a Israel. E cadê o Brasil nisso? Vamos lembrar que os soldados de Israel estiveram aqui no Brasil durante a tragédia de Brumadinho, e eles vieram para nos ajudar. Cadê o Brasil?”, questionou.
Neste mesmo sentido, o deputado Luiz Lima (PL-RJ) criticou o que chamou de posição da esquerda sobre o Hamas e a Palestina.
“Qual a posição que o governo brasileiro tem sobre o Hamas, movimento terrorista? Por que deputados de esquerda visitam a Palestina, um lugar onde não se respeita a liberdade religiosa, onde não se respeita os gays, onde não se respeita a democracia?”, declarou.
A fala do deputado Rogério Correia (PT-MG) deixou a oposição ainda mais nervosa, ao dizer que o Hamas representa a ultradireita e comparou os terroristas com os deputados apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“O governo tem uma posição muito clara de repudiar qualquer ataque a civis e, nesse sentido, pedir a paz. E é óbvio que lá em Israel a ultradireita, assim como a ultradireita aqui no Brasil, age sempre dessa forma: em tom bélico, em tom de sangue e em tom de opressão. O povo palestino, e não estou falando do Hamas, falo do povo palestino, foi sempre oprimido por este tipo de governo de ultradireita”.
Lima não gostou da resposta e iniciou-se uma grande confusão entre os parlamentares no plenário.