Guarda morto pelo filho recebeu medalha por resgate em enchente

Isac Tavares Santos foi condecorado duas vezes ao longo de seus 12 anos de trabalho na Guarda Municipal de Jundiaí

O guarda municipal Isac Tavares Santos, de 57 anos, que foi morto com um tiro na nuca pelo filho adolescente de 16 anos na última sexta-feira (17), foi homenageado duas vezes por atos de bravura ao longo de 12 anos como agente da corporação em Jundiaí, no interior de São Paulo. Além do pai, o menor matou a mãe, Solange Gomes, de 50 anos, e a irmã Leticia Gomes, de 16.

A primeira honraria recebida por Isac foi a medalha Vasco Antônio Venchiarutti, que é destinada aos agentes que “se distinguem acima do dever”. A condecoração, entregue em 2022, foi dada a ele em razão da contribuição do guarda no resgate de pessoas atingidas por alagamentos em um bairro que sofreu com fortes temporais que castigaram a cidade de Jundiaí na época.

Já a homenagem mais recente foi feita há pouco menos de dois meses, após o guarda auxiliar na localização do corpo do piloto e empresário Ângelo Chaves Pucci, de 44 anos, que morreu após a queda do avião bimotor no qual ele estava, na Serra do Japi, em Jundiaí. O guarda foi condecorado, com o reconhecimento de seu trabalho, em uma cerimônia interna.

SOBRE O CASO

Um adolescente de 16 anos foi apreendido após ter confessado que matou os pais adotivos e a irmã dentro da casa onde a família vivia. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), o caso foi registrado na Vila Jaguara, Zona Oeste da capital paulista.

Conforme a investigação, policiais militares foram acionados no último domingo (19) pelo próprio adolescente, que teria confessado ter cometido o crime contra a própria família na última sexta (17). O adolescente foi conduzido à delegacia e, posteriormente, à Fundação Casa.

O menor relatou que teria sido chamado de “vagabundo” pelos pais adotivos na noite da última quinta (16), tendo em seguida o celular e computador apreendidos. Ele alega que isto o atrapalhou nas atividades escolares, o deixando revoltado. Ele usou então a arma do pai, um guarda municipal, para cometer os assassinatos.

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O pai foi atingido com um tiro na nuca, quando se debruçou sobre a pia da cozinha. Já a irmã foi atingida com um tiro no rosto, e a mãe levou um tiro nas costas. No dia seguinte, sábado (18), o menor enfiou uma faca nas costas da mãe, já morta. Segundo a polícia, a arma e o celular do menor foram apreendidos e a perícia acionada.

O caso foi registrado como “ato infracional de homicídio – feminicídio, ato infracional de posse ou porte ilegal de arma de fogo e ato infracional – vilipêndio a cadáver (ofensa grave que viola o respeito aos mortos)” no 33° DP (Pirituba).

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