O Prerrogativas, grupo de advogados ligados ao presidente Lula, pretende executar uma série de “medidas jurídicas” para tornar inelegível o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em jantar realizado na terça-feira 3, para celebrar a vitória de Lula, cerca de 200 integrantes do Prerrogativas prometeram não dar “anistia” a Bolsonaro. Marco Aurélio de Carvalho, advogado do Prerrogativas que vai fazer parte do governo Lula, nega que isso seja “revanchismo”.
“Não se trata de perseguição”, disse Carvalho, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta quinta-feira, 5. “Temos de concentrar todos os esforços na tentativa de reconstruir e reconciliar o país, mas não podemos em hipótese nenhuma passar a mensagem de que vamos ter um comportamento condescendente em relação a governantes que cometeram crimes. Ele tem de ser responsabilizado pelos crimes que cometeu.”
Os petistas acusam Bolsonaro de abuso de poder econômico, político e religioso para alcançar a reeleição, além de “negacionismo” durante a pandemia da covid-19.
O Prerrogativas ganhou notoriedade por causa de um jantar que selou a aliança entre Lula e Alckmin. Nesse evento, o advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira declarou: “O crime já aconteceu. O que adianta punir?”.
Em um artigo publicado na Revista Oeste, o jornalçista Augusto Nunes disse que Oliveira “ganhou o prêmio pela frase mais cretina da década”.