Equipe de Lula ainda vai ampliar impostos sobre cigarros, bebidas alcóolicas e quer taxar jogos eletrônicos
A criação de um novo imposto está sendo debatida por membros da equipe econômica do governo. A ideia é que as atividades que geram emissões de carbono sejam taxadas, e o valor arrecadado será revertido para o financiamento de ações para transição energética “verde”.
A hipótese da criação do novo imposto foi feita pelo secretário extraordinário para reforma tributária, Bernard Appy, nesta sexta-feira, 3. “A reforma tem a possibilidade de um imposto seletivo para setores que têm efeitos negativos sobre saúde e meio ambiente. Eventualmente, pode ser usado um carbon tax (imposto do carbono, em inglês), mas não há definição”, afirmou o secretário durante evento.
O secretário disse que “com certeza” o consumo do setor do tabaco e bebidas alcoólicas também receberão um novo imposto após a reforma tributária. A iniciativa é chamada de “imposto do pecado”. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prometeu durante a semana, taxar jogos eletrônicos.
Emissões de carbono e meio ambiente
O assessor especial dos Estados Unidos para o clima John Kerry reuniu-se com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e disse que a Amazônia é “um teste para toda a humanidade” e que esse “tesouro extraordinário pertence a todos”. A reunião aconteceu na terça-feira 28. O norte-americano considera uma “necessidade” fazer investimentos em “projetos para conter as mudanças climáticas no Brasil”, como mitigação e adaptação climática.
A oposição teme que o governo Lula esteja colaborando com uma articulação internacional para impossibilitar que o Brasil desenvolva a Amazônia de forma sustentável. Kerry alegou que, se a Amazônia não for protegida, “não conseguiremos manter a temperatura do mundo desta maneira”.
A ministra afirmou que o governo Lula tem compromisso de acabar com o desmatamento na região até 2030, mas respondeu a Kerry que a Amazônia pertence ao Brasil.