O objetivo é liberar emendas extras para esses parlamentares
O governo do presidente Lula está ameaçando não pagar os R$ 13 milhões em emendas individuais aos 209 deputados federais de primeiro mandato, caso eles continuem apoiando a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.
De autoria do deputado federal André Fernandes (PL-CE), a CPMI foi protocolada na semana passada, com o apoio de 33 senadores e 189 deputados. Depois, três deputados recuaram.
Mas a comissão ganhou o apoio de outros parlamentares. Atualmente, não é possível saber o número exato de apoios, pois Fernandes decidiu parar de divulgar os nomes, temendo a ofensiva do governo Lula.
Conforme noticiou o portal O Antagonista, interlocutores do governo procuraram alguns deputados que aderiram à CPMI e disseram que vão garantir o pagamento das emendas de fim de ano para aqueles que demonstrassem “provas de fidelidade” ao governo petista. Uma dessas provas é, obviamente, a retirada de assinaturas da CPMI.
A ostensiva petista aconteceu, principalmente, com os parlamentares do MDB e do União Brasil, ambos partidos que integram a base do governo. Neste ano, a gestão Lula prometeu guardar quase R$ 3 bilhões para os deputados de primeiro mandato. O objetivo é liberar emendas extras para esses parlamentares.