Governo Doria se contradiz e exige comprovante de vacinação de alunos

Secretário da Educação, Rossieli Soares havia afirmado que a vacinação não seria obrigatória para estudantes

Os responsáveis pelos estudantes da rede estadual de São Paulo terão de apresentar o comprovante de vacinação contra a covid-19 dos alunos a partir do segundo bimestre. Estudantes que não receberam as duas doses, entretanto, não serão impedidos de frequentar as aulas ou se matricular nas instituições de ensino.

No entanto, caso a documentação não seja apresentada em 60 dias depois do prazo, o caso será notificado ao Conselho Tutelar, ao Ministério Público e às “autoridades sanitárias”. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado neste sábado, 29 e faz parte da nova “resolução educativa”.

A exigência do comprovante de vacinação será feita a partir dos cinco anos, faixa etária já prevista pelo Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. Crianças nessa idade podem receber apenas a vacina da Pfizer, enquanto a partir dos seis é possível receber também a Coronavac.

Apenas os estudantes que pertencerem ao grupo de risco e que não tenham completado o esquema vacinal, mediante apresentação de atestado médico, poderão ficar em aulas à distância. “Os casos omissos serão resolvidos pelas diretorias regionais e pela Secretaria da Educação”, advertiu a gestão Doria.

Secretário havia dito que optaria pelo ‘convencimento’ da vacinação

Em 13 de janeiro, o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, havia dito que a vacina contra a covid-19 não seria exigida dos estudantes da rede estadual de ensino para a volta às aulas presenciais.

“Não temos nesse momento nenhuma intenção de tornar obrigatória a vacina”, disse Rossieli, em um evento público. “A vacina não é obrigatória nem para adultos, por que faríamos isso para a vacina?”

Conforme Rossieli, seria “pior ainda” tornar compulsório o imunizante para a entrada de crianças na escola. “Uma criança de 6 anos não tem direito de opinar”, disse. “Temos o direito constitucional de acesso à educação. Portanto, nós aqui, em hipótese alguma, vamos proibir uma criança de voltar às aulas caso ela não esteja vacinada”, garantiu Rossieli, ao mencionar que trabalharia pela “conscientização”, conversando com os pais.

Fonte: Revista Oeste

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