O presidente chileno tem se posicionado contra o governo israelense por causa do conflito em Gaza
Empresas israelenses não poderão participar da Feira Internacional do Ar e do Espaço (FIDAE), que acontecerá no Chile entre os dias 9 e 14 de abril. A decisão partiu do governo federal chileno e não teve nenhuma justificativa.
Por meio de uma nota divulgada à imprensa, o Ministério da Defesa comunicou a decisão, mas não esclareceu as razões. O Chile é um dos países da América Latina que se posicionou contra Israel em relação ao conflito em Gaza.
“Por decisão do Governo do Chile, a versão 2024 da Feira Internacional do Ar e do Espaço (FIDAE), realizada entre os dias 09 e 14 de abril, não será contatada com a participação de empresas israelenses”.
A FIDAE é uma das cinco feiras aeroespaciais que existem no mundo e reúne expositores de mais de 40 países, segundo o comunicado.
A decisão do governo foi criticada pela senadora chilena Carmen Gloria Aravena Acunã que, pelo X, lamentou a ausência das empresas israelenses, uma vez que são companhias de prestígio.
“Recentemente, o governo do Chile se esquivou em suas relações internacionais e tomou a decisão de não incorporar Israel como convidado para a FIDAE, uma atividade que tem uma tradição e anos de prestígio”, declarou a parlamentar citando também que, por muitos anos, seu país e Israel tiveram relações diretas e tratados sobre a capacitação e a inovação.
O presidente chileno, Gabriel Boric, se posicionou por diversas vezes contra Israel, chamando o governo israelense de “Estado genocida e assassino”.