GloboNews tenta limpar a barra de Amorim sobre o Hamas

Assessor especial da Presidência justificou por que o governo federal não chamou o grupo de radicais de ‘terroristas’

O programa Gnews recebeu, neste domingo, 15, o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, para comentar a guerra entre Israel e Hamas.

Durante a entrevista, Amorim justificou por que o Brasil não chama o grupo de “terrorista”. De acordo com o ex-ministro das Relações Exteriores, é por causa de uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Como as pessoas apreciam mais a opinião de europeu, de outras pessoas, a Noruega, por exemplo, não classifica o Hamas de terrorista”, disse. “Por quê? Porque precisa negociar se quiser obter a paz. Não estou defendendo que essa é a prática certa, mas quero dizer que não é uma coisa tão simples. Não há dúvida de que nós condenamos.”

‘Governo do amor’ – Professora da USP, da equipe de transição de Lula, comemora ataques do Hamas

Conforme Amorim, Lula já foi enfático ao falar em “ações terroristas”. O petista, contudo, evitou associar essa palavra ao ajuntamento de radicais. “E o projeto de resolução que foi apresentado pelo ministro Mauro Vieira na ONU fala em ações terroristas”, observou o assessor especial.

Amorim prefaciou livro sobre o Hamas

Amorim assinou o prefácio do livro Engajando o Mundo: a Construção da Política Externa do Hamas. Publicado em maio deste ano, a obra é de autoria de Daud Abdulah, pesquisador do Oriente Médio com atuação na Europa.

‘Capitão Cueca’ vira piada na intente após publicar fake news sobre Israel usando Inteligência Artificial

No livro, Abdulah exalta o “lado diplomático” do grupo terrorista Hamas e os esforços do ajuntamento de radicais para divulgar sua causa ao redor do mundo. Abdulah também contesta a “deturpação”, por parte do Ocidente, das atividades da milícia Palestina.

“O presidente Lula e eu defendemos um diálogo amplo e não discriminatório entre palestinos”, lembra Amorim, no prefácio, ao mencionar que o Brasil enviou um representante a Gaza para discutir com autoridades do Hamas, em governos anteriores do PT.

COMPARTILHAR