Grupos poderão abordar mulheres em clínicas de aborto para mostrar outras opções disponíveis
O Parlamento italiano aprovou esta semana um projeto pró-vida, gerando revolta nos grupos de esquerda. O projeto faz parte das iniciativas aprovadas pelo gabinete de Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália.
A medida aprovada autoriza “envolver organizações sem fins lucrativos com experiência no fornecimento de apoio à maternidade em clínicas de planejamento familiar”. Na prática, o país passar a permitir que ativistas pró-vida entrem em clínicas para conversar com as mulheres dispostas a interromperem a gestação.
O partido de Meloni, Fratelli d’Italia, explicou à imprensa local que esses grupos oferecerão às gestantes informações com as medidas oferecidas pelo governo para dar suporte àquelas mães que desejam interromper a gestação por problemas financeiros, mostrando, por exemplo, os projetos de assistência financeira e acordos de segurança social.
Na visão de Meloni, o projeto não muda a Lei 194 que permite o aborto em todo o país desde 1978. “Queremos apenas garantir escolhas livres”, disse a primeira-ministra ao reagir a críticas feitas ao projeto aprovado.
Grupos abortistas dizem que mesmo com a lei que garante o direito da mulher de abortar, os médicos italianos rejeitam realizar o procedimento. Segundo a agência ANSA, cerca de metade dos médicos se negam a fazer o aborto alegando liberdade de consciência e motivos morais ou religioso, mas, em algumas partes do país, esse número chega a quase 90%.