Ministro defendeu atuação da Corte na pandemia e atacou a gestão do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes exaltou a atuação da Corte durante a pandemia da Covid-19 e defendeu que, sem ela, o Brasil teria superado 1 milhão de mortos pela doença. Em sua declaração, ele também atacou a gestão do ex-ministro da Saúde do governo Jair Bolsonaro (PL), Eduardo Pazuello, chamando-a de “malfadada”.
“A vacinação só começou, na malfadada gestão do [ex-ministro da Saúde do governo Bolsonaro] Eduardo Pazuello… Ele foi o pior ministro. Só começou [a vacinação] com ordem do Supremo”, disse ao JR Entrevista, em edição que foi ao ar nesta segunda-feira (15).
Essa não é a primeira vez que o decano faz uma declaração nesse sentido. No último dia 8, em entrevista ao Roda Viva, Gilmar também pontuou que seriam mais de 1 milhão de mortos pela Covid-19 se o STF não tivesse “atuado da forma que atua”.
Ele ainda afirmou que a política sanitária do governo Bolsonaro (PL) era do Jim Jones, líder da seita Tempo dos Povos, que, em 1978, causou o suicídio coletivo de 918 pessoas.
Mendes também defendeu que a gestão sanitária era marcada por uma política de “vamos matar todo mundo”, “vamos, de fato, liberar geral”, ou de “deixa que todo mundo morra ou se contamine”.
Por fim, o ministro ainda reconheceu que o “Supremo atrapalhou os planos do governo Bolsonaro”, mas “atrapalhou para o bem”.