General brasileiro vai a Genebra para conferência da ONU sobre desarmamento

O tenente-brigadeiro do ar Walcyr Josué de Castilho Araújo defenderá a redução de armas de destruição em massa

O tenente-brigadeiro do ar Walcyr Josué de Castilho Araújo, chefe de Assuntos Estratégicos do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, vai representar o Brasil na Conferência do Desarmamento da Organização das Nações Unidas (ONU). O evento ocorrerá de 13 a 17 de junho e terá a participação de militares de 63 países.

O principal objetivo da conferência é conter a disseminação de armas de destruição em massa e reduzir o armamento convencional de longo alcance. As armas nucleares voltaram a ter destaque no noticiário internacional depois da invasão da Ucrânia pela Rússia.

Em março, na mais recente reunião sobre desarmamento na ONU, o representante brasileiro disse que é necessário “reduzir os riscos derivados de outras armas de destruição em massa” e as consequências do “impacto maciço da tecnologia moderna em sistemas de armas”.

“Nosso objetivo final é reduzir as tensões, conter a desenfreada corrida armamentista e reduzir os arsenais”, afirmou o embaixador Flávio Damico. “Para isso, precisamos contar com um mecanismo de desarmamento das Nações Unidas.”

A crítica da Noruega na ONU

Também na reunião de março, a ministra das Relações Exteriores da Noruega, Anniken Huitfeldt, criticou os países que contribuíram para a disseminação da armas nucleares. “No fim da Guerra Fria, a Ucrânia tinha o terceiro maior arsenal nuclear do mundo”, disse. “O país desistiu voluntariamente deles, em troca de garantias de segurança das potências nucleares, inclusive da Rússia, que quebrou essas garantias no ano passado ao invadir a Ucrânia.”

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