Funcionário da Enel é morto a tiros após cortar luz de academia

Crime ocorreu em um posto de gasolina na Zona Leste de São Paulo

O empresário Randal Rossoni, de 44 anos foi preso sob acusação de assassinar um funcionário de 27 anos da empresa PSC-Alpitel, terceirizada da Enel, após ter a energia elétrica cortada no seu estabelecimento comercial, a academia Rossoni Fitness. O crime aconteceu nesta quarta-feira (13), no bairro Vila Marieta, Zona Leste de São Paulo.

O desentendimento que motivou o crime teria começado na academia, localizada na Rua Antonio Carlos Lamego, após a vítima iniciar o procedimento para desligamento da energia elétrica, motivada pela ausência de pagamentos. Confrontado por Rossoni, apontado como autor do crime, o funcionário terceirizado da Enel terminou o serviço, saiu do local e manteve a rotina de trabalhos na região.

Pouco depois, por volta das 14h, policiais militares foram acionados para atender uma ocorrência em um posto de gasolina na Avenida São Miguel, a cerca de 450 metros da academia.

No endereço indicado, encontraram o funcionário com um ferimento de disparo de arma de fogo, caído no chão. Comerciantes da região relatam que o crime foi repentino, seguido de um tumulto e gritaria no posto de gasolina em que o disparo foi efetuado. A vítima chegou a ser socorrida e encaminhada a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.

Randal Rossoni, que se identifica como educador físico e bodybuilder nas redes sociais, foi identificado na sequência pela Polícia Militar na Avenida Manoel dos Santos Braga. Questionado pelos agentes, Rossoni confessou o crime e confirmou que foi motivado pelo desligamento da energia elétrica na academia.

O autor do disparo foi encaminhado à audiência de custódia e o caso foi registrado como homicídio consumado no 24° DP (Ponte Rasa).

Após o crime, todas as redes sociais ligadas ao empresário e a academia foram desativadas. A reportagem não localizou a defesa do acusado e não obteve retorno nos contatos disponíveis que indicam uma mensagem de que o número está ocupado, desligado ou indisponível.

Em nota, a Enel Distribuição São Paulo disse repudiar “veementemente o ato de violência cometido contra um eletricista de uma empresa parceira da companhia, durante uma atividade de corte de energia”.

“Após realizar o serviço de corte por inadimplência, o prestador de serviço foi baleado e morreu depois de ser socorrido e levado ao hospital. A companhia está em contato com a empresa parceira para que seja prestada assistência à família do colaborador. A Enel informa que foi registrado boletim de ocorrência e que acompanhará as investigações das autoridades policiais para que esse crime não fique impune”, acrescentou a empresa.

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