Dono do X sabe que a rede sociail pode ser bloqueada no Brasil
A emissora americana Fox News tem divulgado a recente disputa entre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e o empresário Elon Musk, dono da empresa X. O ministro incluiu Musk como alvo em uma investigação em curso sobre a disseminação de fake news e abriu uma investigação separada contra o executivo americano por suposta obstrução.
Em sua decisão, o ministro destacou que Musk começou no sábado (6) uma “campanha de desinformação” pública sobre as ações do tribunal e continuou no dia seguinte, especialmente com comentários de que sua empresa de mídia social X deixaria de cumprir as ordens do tribunal para bloquear certas contas.
Musk, CEO da Tesla e SpaceX que assumiu o controle do Twitter no final de 2022, acusou de Moraes de suprimir a liberdade de expressão e violar a constituição do Brasil, e afirmou na X que os usuários poderiam tentar contornar qualquer desligamento da plataforma de mídia social usando VPNs, ou redes privadas virtuais.
Em resposta às acusações feitas pelo bilionário, o magistrado brasileira decidiu pedir investigação de Musk por suposta instrumentalização criminosa intencional da X como parte de uma investigação sobre uma rede de pessoas conhecidas como milícias digitais, que supostamente espalham notícias falsas difamatórias e ameaças contra os ministros do STF, de acordo com o texto da decisão. A nova investigação analisará se Musk se envolveu em obstrução, organização criminosa e incitamento.
Com medo de que o público brasileiro perca o acesso à plataforma de microblog, Musk incentivou o uso de VPNs para contornar um possível bloqueio da plataforma. Ele também prometeu que publicaria todas as demandas de Moraes, alegando que elas violam a lei brasileira.