Este movimento indica uma predisposição das Forças Armadas em lidar com as consequências de ações consideradas ilegais por parte de seus ex-membros
Segundo a colunista da Folha, Mônica Bergamo, as Forças Armadas estão preparadas para aceitar a prisão de ex-militares de alta patente que se envolveram em suposta tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder.
A jornalista relata que essa informação foi comunicada por membros da cúpula militar a magistrados que, no futuro, podem vir a decidir pela prisão desses indivíduos, bem como a ministros do atual governo de Lula, que, enquanto presidente, detém o posto de comandante supremo das Forças Armadas.
Ainda segundo Bergamo, um integrante do governo federal compartilhou que há um consenso de que as prisões devem ser aceitas sem maiores objeções e são consideradas necessárias para prevenir a contaminação dos demais integrantes do Exército, Marinha e Aeronáutica pelo “vírus da desconfiança”, caso atos julgados criminosos pela Justiça venham à tona.
A colunista enfatiza que a discussão sobre a possibilidade de prisão se intensificou e passou a ser abordada de maneira mais aberta após a operação de fevereiro, que teve como foco, entre outros, o ex-presidente Bolsonaro e os generais Augusto Heleno e Braga Netto.
Este movimento indica uma predisposição das Forças Armadas em lidar com as consequências de ações consideradas ilegais por parte de seus ex-membros, em um esforço para manter a integridade e a confiança nas instituições militares.