Flow: Monark defende a criação de partido nazista no Brasil

Para o apresentador, trata-se de liberdade de expressão

Na noite desta segunda-feira (7), Monark, apresentador do Flow Podcast, defendeu o reconhecimento legal de um partido nazista junto à Justiça Eleitoral brasileira. Ele justificou que essa é uma questão de “liberdade de expressão”.

Durante o programa, que teve como convidados os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP), Monark apontou que a esquerda radical tem “muito mais espaço” do que a direita radical no Brasil e defendeu que todos deveriam ter espaço no cenário nacional.

“Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista deveria ter um partido nazista; tinha que ter um partido nazista reconhecido pela lei”, afirmou o apresentador.

Após a declaração, Tabata argumentou que “a liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca a vida do outro em risco”. Monark, porém, insistiu na ideia, afirmando que “as pessoas têm o direito de ser idiotas”.

“A questão é: se o cara quiser ser um “antijudeu”, eu acho que ele tinha o direito de ser […] Ele não está sendo antivida. Ele não gosta dos ideais [judaicos]”, afirmou.

Tabata, porém, apontou que o judaísmo não é um sistema de ideais, mas uma identidade, e quem se declara “antijudeu” não está discordando de ideais religiosos, mas sim questionando a existência dos judeus como um todo. “Mas é essa a questão: questionar é sempre válido”, rebateu Monark.

REPERCUSSÃO

Após a repercussão das declarações de Monark, o nome do apresentador se tornou um dos assuntos mais comentados – e criticados – do Twitter brasileiro. O grupo Judeus pela Democracia fez uma publicação comentando o trecho do programa.

Pelas redes sociais, o grupo disse nesta terça-feira (8) que “ideologias que visam à eliminação de outros têm que ser proibidas” e que “racismo e perseguições a quaisquer identidades não são liberdade de expressão”.

Internautas também começaram a cobrar um posicionamento das empresas que patrocinam o programa, afirmando que a manutenção do patrocínio seria equivalente a compactuar com a defesa do nazismo.

Até o momento da publicação desta matéria, duas marcas se manifestaram, ambas alegando que não patrocinam mais o podcast e que já solicitaram a retirada de seus nomes da lista de patrocinadores.

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