Filipe Barros pede proteção a hacker que invadiu sistema do TSE

Marcos Roberto Correia da Silva, o VandaTheGod, está preso em Minas Gerais; ele afirma que teve acesso a dados de eleitores

O deputado federal Filipe Barros (PSL-PR) pediu ao ministro da Justiça e da Segurança Pública, Anderson Torres, e ao secretário estadual de Segurança Pública de Minas Gerais, Rogério Grecco, proteção especial a Marcos Roberto Correia da Silva, o hacker que invadiu os sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições municipais do ano passado.

O hacker, que usa o codinome VandaTheGod, está preso em Minas. Barros publicou nas redes sociais um vídeo de uma conversa que ele próprio teve com Silva — em que o invasor digital confirma que teve acesso a informações do banco de dados do TSE, inclusive a dados de eleitores.

“O ato foi só um protesto. Nada de roubar informação, nada de prejudicar ninguém”, disse o hacker. “Invadi o site e passei informações para outra pessoa.”

Ao explicar a invasão ao sistema do TSE, Silva relatou que “a falha [permite] acessar o banco de dados”. “O que tiver de armazenamento do banco de dados vai ser tudo capturado”, afirma. “[Dados] Dos eleitores, também. Nome, CPF, foto, RG, dados biométricos também”, prossegue VandaTheGod.

“Ela [a invasão] ocorre numa falha. A gente injeta códigos maliciosos e, através desses códigos, consegue manipular o site e puxar o nome de usuário e senha de administradores”, afirmou.

Em publicações feitas neste sábado, 17, Barros confirma o pedido de proteção especial ao hacker e destacou a “gravidade da invasão” ao sistema eletrônico do TSE.

Sistema eletrônico vulnerável

A segurança das urnas eletrônicas voltou ao centro de debate nacional a partir da tramitação, na Câmara, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/19, de autoria da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), que defende o voto verificável ou auditável. O projeto seria votado na quinta-feira 15, mas a comissão especial adiou a apreciação da matéria para depois do recesso parlamentar, em agosto. Barros é o relator da proposta na Câmara.

Entre os pontos vulneráveis do sistema 100% eletrônico, estão a possibilidade de adulteração pelos próprios funcionários do TSE; o risco de um ataque hacker no momento do envio do programa; e a possibilidade de adulteração do software, o que ameaçaria o sigilo do voto.

Fonte: Revista Oeste

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