Filho de Randolfe diz que prisão foi ataque político ao pai
A prisão do filho do senador Randolfe Rodrigues, Gabriel Marti Cruz Rodrigues, de 28 anos, foi cercada de polêmicas.
Ele foi preso por desacato à autoridade e resistência, mas deixou a prisão depois de pagar fiança de R$ 3,9 mil.
Ele gravou um vídeo onde deu a sua versão dos fatos. “Choramingando” e se vitimizando, Gabriel afirmou que foi preso por ser “filho do senador”.
Ainda segundo ele, os policiais foram truculentos, apertaram suas algemas e usaram palavras “absurdas” e de “conteúdo homofóbico” contra ele e sua família.
“O que ficou claro para mim é que eles não foram lá para falar com mais um empresário, fiscalizar um empresário dentre tantos outros que tem na feira. Eles foram lá para falar com o filho do senador, para me ferir pessoalmente e atacar politicamente o meu pai”, falou.
O jovem havia sido detido em Macapá, no Amapá, por desacatar policiais. De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, Gabriel estava em uma boate que ele administrava na 52ª Expofeira do Amapá. Policiais chegaram ao local por volta das 3h da manhã porque o horário permitido pelo alvará estava sendo excedido.
Na ocasião, Gabriel teria dito que a polícia não teria autoridade para fechar sua boate e proferido ofensas contra os agentes.
“Nenhum policial de m**** vai fechar minha boate, vocês não sabem com quem estão falando… A farda de vocês não serve nem de pano de chão na casa do meu cachorro”, teria afirmado Gabriel Rodrigues.
Ao receber voz de prisão, o filho do senador teria resistido. Segundo a PM, ele estava “extremamente alterado” durante toda a ação. O boletim de ocorrência diz que foi “necessário uso progressivo da força para contê-lo”.
A assessoria de Randolfe Rodrigues, por sua vez, nega que o filho do parlamentar tenha se comportado com truculência com os policiais. Pelo contrário, a alegação é a de que o policiais que chegaram até o evento “de forma agressiva e ameaçaram Gabriel durante a ocorrência”.
A fiança de R$3,9 mil estipulada pelo delegado foi paga pelo empresário, que poderá responder em liberdade.