Presidenciável afirmou que os mais pobres são os que mais sofrem com descontrole do gasto público
Presidenciável pelo Partido Novo nas eleições que aconteceram neste ano, o cientista político Felipe D’Avila criticou a PEC da Transição, como tem sido chamada a Proposta de Emenda à Constituição apresentada pela equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que propõe um furo de quase R$ 200 bilhões no teto de gastos.
Em entrevista concedida ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, D’Avila ressaltou que a proposta vai contra o que deveria ser feito na economia e disse que o petista tentará refazer uma estratégia econômica “que não cabe mais neste mundo que nós estamos vivendo”.
“O Lula é como os reis franceses depois da Revolução Francesa, não aprendeu nada e não esqueceu nada. Portanto, ele vai tentar refazer a sua estratégia política e econômica que não cabe mais neste mundo que nós estamos vivendo. Ele não aprendeu, e a indicação clara que não aprendeu é justamente essa equipe de transição”, disse.
O ex-candidato a presidente também destacou que a equipe do petista deveria tentar promover um alinhamento entre responsabilidade fiscal e social em vez de criar “um falso dilema”. Segundo D’Avila, o descontrole das contas públicas afeta de forma mais intensa justamente os mais pobres.
“Não adianta tentar descobrir se o superávit permite aumentar gasto público, nós vamos continuar aumentando o gasto público e continuar comprometendo a questão do déficit fiscal. E isso é gravíssimo porque faz com que a taxa de juros suba, faz com que a inflação cresça e quem vai ser mais afetado por isso é justamente os mais pobres”, completou.