Pfizer e Merck são as únicas companhias que tiveram os medicamentos autorizados para tratamento até o momento
US$ 19,5 bilhões (R$ 111 bilhões).
Esse é o valor que as farmacêuticas Pfizer e Merck devem ganhar com as vendas das novas pílulas antivirais contra a covid-19 em 2022.
A previsão astronômica é da consultoria de dados de saúde Airfinity, de Londres.
A projeção é de que o laboratório americano Pfizer dominará o mercado com vendas de US$ 17 bilhões para sua pílula Paxlovid, a primeira autorizada contra covid-19.
A alemã Merck poderá gerar US$ 2,5 bilhões com seu comprimido Molnupiravir.
Os Estados Unidos (EUA) deverão ser o maior comprador desses tratamentos, com gastos de US$ 10,8 bilhões. A União Europeia e o Reino Unido vêm em seguida, com US$ 4,9 bilhões. E as vendas para os outros países são estimadas em US$ 3,7 bilhões.
As estimativas levam em conta a proporção de casos esperados para receber o tratamento antiviral em cada país. As vendas antecipadas já atingem 56% da produção da Pfizer e 25% da Merck para 2022.
Paxlovid
A pilula Paxlovid foi autorizada pela Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória norte-americana, na semana passada, para tratamento de pessoas com sintomas leves e moderados e em risco crescente de desenvolver doença grave.
O medicamento, desenvolvido pela Pfizer, está autorizado para pacientes com 12 anos ou mais que são vulneráveis a ficarem gravemente doentes por serem mais velhos ou por terem vulnerabilidades como obesidade ou diabetes, vacinados ou não.
Molnupiravir
O Molnupiravir, da Merck, foi a segunda pílula anticovid autorizada, também na semana passada, pelo FDA. A decisão da agência sinaliza que essa pílula é apenas modestamente eficaz, mas ajuda adultos vulneráveis sob risco de ficarem gravemente doentes e para quem as opções alternativas de tratamento não são “acessíveis ou clinicamente apropriadas”.