Faixas contra a eleição de Bolsonaro são atribuídas a facções criminosas

O material foi instalado em bairros periféricos em diversas cidades do Estado de São Paulo

Em pontos estratégicos de Paraisópolis, a segunda maior favela da cidade de São Paulo, foram expostas dezenas de faixas contra a campanha de Jair Bolsonaro (PL) à Presidência da República e de Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) ao governo do Estado. Moradores fotografaram as peças na quarta-feira 26. A área tem forte presença de facções do crime organizado, como o Primeiro Comando da Capital.

As cenas também se repetem em outras cidades de São Paulo e seguem o mesmo padrão: uma faixa com fundo amarelo, uma tarja vermelha e as inscrições “Na nossa comunidade não”, “Respeite a favela” e “Fora Bolsonaro! Tchau Tarcísio”.

No município de Rio Claro, a cerca de 200 quilômetros da capital paulista, a prefeitura local recebeu denúncias anônimas de que o material teria sido instalado contra a vontade da população. De acordo com o Rogério Guedes, vice-prefeito e secretário municipal de Segurança Pública, as autoridades das cidades da região informaram que as faixas foram instaladas a mando de uma facção criminosa que atua no Estado.

“Temos a informação de que as faixas colocadas aqui e nos outros municípios são todas iguais”, disse. Em Matão, distante 100 quilômetros de Rio Claro, o jornalista Alex Gasoni registrou o mesmo padrão.

“Nós sabemos quem pendurou essas faixas aqui”, afirma Gasoni, ao portal Fala Matão. “Partiu do crime.” Na cidade dele, a peça foi encontrada em pelo menos dois locais.

O jornalista relata ainda a instalação do material em Taquaritinga, município vizinho. Lá, a Polícia Militar entrou com uma ação solicitando a retirada do material. O pedido foi acatado pela Justiça.

No lugar, o prefeito instalou outra faixa. “Taquaritinga não tem favela, o povo do Jardim São Sebastião merece respeito”.

Fonte: Revista Oeste

COMPARTILHAR