Áñez e ex-ministros são acusados de crimes de sedição, terrorismo e conspiração, durante golpe de Estado
A ex-presidente interina da Bolívia Jeanine Áñez foi presa na madrugada deste sábado. Ela é acusada de participar de um suposto golpe de Estado durante os episódios que culminaram na saída de Evo Morales do poder, em 2019. A informação foi revelada pelo ministro de Governo do país, Carlos Eduardo Del Castillo, nas redes sociais.
Segundo a Agência Boliviana de Informação, a ex-presidente estava em sua residência no momento da prisão. Quando soube que os policiais estavam em sua casa, ela se escondeu dentro de uma cama box. Os agentes chegaram a pensar que Jeanine teria fugido para o Brasil, mas, ao vasculhares a casa, encontraram-na escondida.
“Informo ao povo boliviano que a senhora Jeanine Áñez já foi detida e está atualmente nas mãos da polícia”, disse o ministro em suas contas no Twitter e no Facebook.
O MP também ordenou a prisão de 5 ministérios que compuseram o governo de Áñez. São eles: Arturo Murillo (Governo), Yerko Núñez (Secretaria da Presidência), Luis Fernando López (Defesa) e Álvaro Coimbra (Justiça).
A ordem de prisão inclui ainda ex-membros do alto comando militar boliviano, como o almirante Palmiro Jarjuri, ex-comandante da Marinha, Jorge Gonzalo Terceros, ex-comandante da Força Aérea, e Williams Kaliman, ex-chefe das Forças Armadas.
As autoridades não informaram o local onde Áñez foi detida. O andamento dos outrtos mandados de prisão contra integrantes de seu governo também não foi divulgado até o momento. As penas para os crimes inocentes, caso sejam confirmadas, vão de 5 a 20 anos de prisão.