Isaac Alcolumbre é dono de um aeródromo que era usado, de acordo com a PF, como base operacional para o transporte de drogas
A Polícia Federal (PF) indiciou nesta terça-feira, 22, o ex-deputado estadual do Amapá Isaac Alcolumbre, primo do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP). Ele é suspeito de ter cometido os crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico e organização criminosa.
As provas contra ele, de acordo com a PF, foram obtidas durante a Operação Vikare, deflagrada em outubro do ano passado. O ex-parlamentar chegou a ser preso durante seis dias no âmbito da operação.
Ele é dono de um aeródromo na zona rural de Macapá que era usado, de acordo com a investigação da PF, como base operacional de aeronaves que transportavam drogas vindas de países como Colômbia e Venezuela.
O primo de Davi Alcolumbre é apontado como responsável por ofertar apoio logístico às aeronaves, inclusive com combustível e manutenção.
Em nota à imprensa, na época da prisão, o ex-deputado negou as acusações de tráfico de drogas, completando que “não está envolvido em nada”. Detalhou ainda que comunicou “por vezes” à polícia sobre suspeitas.
Mas registros feitos pela PF e detalhados no inquérito revelam que Isaac recebeu pessoalmente três traficantes no aeródromo e os transportou até Macapá.
Os três são apontados como os cabeças de um grupo criminoso e atuavam no transporte das drogas, desde a vinda de outros países até a distribuição para todo o Brasil.
Para conclusão do inquérito, a PF analisou documentos, conversas telefônicas e ouviu presos, definindo que Isaac Alcolumbre “desempenhou importante função na empreitada criminosa”.