Cabral foi sentenciado a mais de 390 anos de prisão. Ele responde a 20 processos
O procurador da República e ex-coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, comentou sobre a soltura do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, deferida por maioria na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
O plenário da corte resolveu converter a prisão em regime fechado para a prisão domiciliar. Cabral era o último condenado da maior força-tarefa anticorrupção da história do Brasil ainda preso.
“Na minha perspectiva, quando você olha para o tamanho e a gravidade dos crimes, estamos falando de alguém que só em contas no exterior tinha 100 milhões de dólares em propina, sem falar o montante que ele desviou que, se formos converter pelo câmbio de hoje, seria mais de R$ 500 milhões que foram para o bolso dele”, desabafou Dallagnol, deputado federal eleito pelo Paraná.
Cabral foi sentenciado a mais de 390 anos de prisão. Ele responde a 20 processos e é acusado de receber propina de vários empresários durante a reforma do Estádio do Maracanã, no PAC das Favelas e no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Gilmar Mendes, André Mendonça e Ricardo Lewandowski foram a favor da soltura de Cabral. Kássio Nunes Marques e Edson Fachin, relator, contrários.