A esposa de Oswaldo Eustáquio, Sandra Terena, denunciou nesta quarta-feira (31) que o jornalista foi espancado e torturado na Penitenciária da Papuda enquanto esteve preso.
Eustáquio continua preso no âmbito do inquérito ilegal do ministro Alexandre de Moraes, dos supostos “atos antidemocráticos”. O inquérito, inclusive, teve prazo de validade encerrado na última semana. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não divulgou se vai encerrar ou prorrogar mais uma vez o inquérito.
A Polícia Federal já informou que não encontrou provas suficientes para indiciar pessoas que seriam responsáveis pela suposta realização ou financiamento de “atos antidemocráticos”.
Segundo a esposa de Eustáquio, o caso é investigado pelo Ministério Público e ignorado pela extrema-imprensa.
“Em pleno século 21, meu marido permanece preso, censurado e paraplégico. Esse é o Twitter deste 31 de março de 2021”, disse. Eustáquio sofreu um acidente enquanto estava na penitenciária e segue sem o movimento das pernas.
A publicação de Terena, que também é jornalista, vem de encontro uma postagem do ministro do STF, Luís Roberto Barroso. O magistrado disse em seu Twitter que “só pode sustentar que não houve ditadura no Brasil quem nunca viu um adversário do regime que tenha sido torturado, um professor que tenha sido cassado ou um jornalista censurado. Tortura, cassações e censura são coisas de ditaduras, não de democracias”.
Internautas questionam o ministro sobre os casos de Oswaldo Eustáquio, do deputado federal Daniel Silveira e dos inúmeros trabalhadores que têm sido perseguidos por trabalhar durante a pandemia do vírus chinês.