Medida ocorre ao mesmo tempo em que a Otan fortalece seu arsenal bélico
Os Estados Unidos vão promover sua maior expansão militar na Europa desde a Guerra Fria, incluindo a presença permanente de tropas na Polônia. Ao mesmo tempo, a Organização do Tratador do Atlântico Norte (Otan) fortalece seu arsenal bélico e trabalha para integrar a Suécia e a Finlândia à aliança.
“Estamos intensificando”, disse o presidente dos EUA, Joe Biden, na quarta-feira 29. “Estamos provando que a Otan é mais necessária agora do que nunca.”
Os EUA, em particular, pressionaram seus aliados a confrontar Pequim sobre suas práticas econômicas e de direitos humanos. Ao mesmo tempo, há uma preocupação crescente com as intenções dos chineses em relação a Taiwan.
Washington considera que as operações cibernéticas chinesas, além de sua infraestrutura e sua cadeia de suprimentos, atentam contra os valores da Otan. O aprofundamento das relações entre Pequim e Moscou também contraria os interesses norte-americanos.
Como resultado, os EUA aumentarão os 100 mil soldados que atualmente possuem na Europa. A medida inclui o aumento de contingente na Romênia e na região do Mar Báltico. Além disso, os norte-americanos pretendem enviar destróieres da Marinha para a Espanha, uma bateria de defesa aérea de curto alcance para a Itália e dois esquadrões de caças-F-35 para o Reino Unido.
O Pentágono ainda expandirá em mais de 600 o número de militares na Alemanha, de modo a aprimorar a defesa aérea da Otan. “Essas forças, as primeiras a se estabelecerem de maneira permanente no flanco leste da Otan, melhorarão nossas capacidades de comando e controle”, informou a Casa Branca, em comunicado.