EUA negam fornecer a Moraes informações sobre Filipe Martins

Ex-assessor de Jair Bolsonaro está preso desde fevereiro

O Departamento de Estado dos EUA se negou a fornecer informações ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a entrada ou a saída no país de Filipe Martins, ex-assessor para assuntos internacionais da Presidência, na gestão de Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o departamento, que equivale ao Itamatary no Brasil, as autoridades brasileiras devem seguir o trâmite de cooperação internacional comum, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Moraes havia determinado, em 1º de abril, que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, solicitasse informações sobre o trânsito de Filipe Martins nos Estados Unidos em dezembro de 2022. O ex-assessor foi preso em 8 de fevereiro deste ano, após a Polícia Federal (PF) argumentar justamente que ele teria tentado fugir do país e que não sabia com exatidão seu destino e local de moradia. Moraes concordou com a solicitação e determinou a prisão de Filipe.

Os investigadores federais apontam que Filipe Martins foi responsável por entregar para o ex-presidente a chamada “minuta do golpe”. Em seu depoimento à PF, ele negou ter saído do Brasil em dezembro de 2022.

Um documento da Latam Airlines obtido pela defesa de Filipe atestou que ele comprou um bilhete para viajar para Curitiba (PR) no dia 31 de dezembro de 2022. Essa informação derrubaria a tese da PF de que Martins viajou com Bolsonaro para Orlando um dia antes.

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