Nesta quinta-feira (23), o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, descartou a retirada de Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo, na qual o país foi colocado pelo governo anterior de Donald Trump (2017-2021).
Essa postura foi manifestada pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ao ser perguntado a respeito durante uma audiência no Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos EUA.
“Não pretendemos removê-los da lista”, afirmou Blinken.
Ele deu declarações após ser questionado pela deputada republicana pela Flórida María Elvira Salazar. O chefe da diplomacia americana explicou que a lei emanada do Congresso estabelece “critérios muito elevados” para que o governo tome uma decisão deste tipo.
“Se houvesse uma revisão, seria com base na lei e nos critérios que ela estabelece, que, como eu disse, têm um nível muito alto”, acrescentou.
A inclusão de Cuba na lista em janeiro de 2021 foi uma das últimas decisões de Trump antes de deixar o poder.
Os Estados Unidos justificaram então a medida, que acarreta várias sanções, pela presença na ilha de membros da guerrilha colombiana do Exército de Libertação Nacional (ELN), que se deslocaram a Havana para iniciar as negociações de paz com o governo da Colômbia.
A ilha havia saído da lista em 2015, durante a etapa de reaproximação promovida pelo então presidente dos EUA, Barack Obama (2009-2017), e barrada por Trump, que durante seu mandato redobrou as sanções contra Havana.
Biden, por sua vez, fez alguns gestos para a ilha, como eliminar o limite de remessas para Cuba, mas ainda está longe da abordagem de Obama.