Julia de Castro, 20 anos, é estudante de História na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Desde que revelou ser de direita e declarou voto em Jair Bolsonaro, ela vem sofrendo perseguição de alunos da Unirio.
Em um vídeo publicado no Instagram, a jovem mostrou comentários preconceituosos e ameaças contra ela nas redes sociais. “Seus dias estão contados”, escreveu um internauta, no Twitter. “Vamos ter que amarrar a Bia em uma cadeira para não ter confusão”, publicou outra pessoa, na rede social.
Nas imagens, é possível ver uma série de ofensas a Julia. “Acredito que a gente vive numa democracia”, disse a jovem, no vídeo. “Em uma democracia, as pessoas podem ter ideias diferentes. Mas não é isso que a esquerda faz.”
Julia rebateu os comentários dizendo não ter medo de ser cancelada por esquerdistas. Segundo a estudante, ela não vai ficar “na espiral do silêncio”. “Vocês são intolerantes e raivosos (…) Eu estou sofrendo perseguição.”
Professores também perseguem alunos pró-Bolsonaro
Professores deveriam ensinar suas matérias e não usar a influência que têm sobre os alunos para fazer doutrinação político-partidária. Mas isso não impede que eles ajam para influenciar diretamente os estudantes, inclusive nas escolas particulares.
Abril de 2019. Um professor de geografia atacou o presidente Jair Bolsonaro e seus eleitores.
“Já pararam para pensar que esse imbecil ganhou porque foi a maioria que votou?”, pergunta o docente à classe, que se manteve em silêncio. “Mas sabe o que é pior? É quando a maioria que ganha quer que a outra parte se foda. Se a maioria ganha e quer ajudar o resto, é uma coisa, mas quando a maioria ganha e quer que o preto se ferre, o pobre se ferre, o gay se ferre e a mulher se ferre, aí é pior que uma ditadura.” Ele foi demitido depois de o vídeo ser publicado nas redes.