Radicais islâmicos acusaram falsamente a jovem de blasfêmia
Uma estudante cristã de 25 anos, chamada Deborah Emmanuel, foi espancada e queimada até a morte na quinta-feira (12) por colegas de classe em Sokoto, no noroeste da Nigéria.
A motivação para o crime teria sido uma mensagem considerada “blasfema” enviada em um grupo no WhatsApp, que levou colegas de classe da Faculdade de Educação Shehu Shagari a queimarem Deborah.
A jovem frequentava a igreja evangélica Winning All, uma das maiores denominações do país, e morava com os pais em Sokoto, informou a International Christian Concern (ICC).
Deborah entrou em uma discussão com colegas de classe depois de enviar uma mensagem de WhatsApp interpretada como uma blasfêmia contra o islamismo.
A estudante de Economia teria sido acusada de blasfemar contra Maomé, sendo atacada por radicais islâmicos.
No entanto, as acusações foram apontadas como falsas pelo pastor David Ayuba Azzaman, que afirmou que a jovem estava reclamando da discriminação contra cristãos nas tarefas.
“A Deborah estava reclamando em grupo da classe no WhatsApp como eles discriminam os cristãos nas tarefas e provas da faculdade em favor dos muçulmanos”, disse ele ao Morning Star News.
“Isso é o que eles usaram como parâmetro para dizer que ela insultou Maomé. Ela não insultou o profeta Maomé”, acrescentou o pastor. “Depois descobriram que ela recusou o pedido de namoro de um muçulmano. Isso o levou a acusá-la de insultar o profeta Maomé”, continuou.
Viralizou nas redes sociais um vídeo que mostra o momento do ataque contra a jovem, que aparece deitada no chão tentando cobrir a cabeça com o braço ensanguentado, enquanto era espancada por rapazes e moças.
Durante o ataque, os radicais gritavam “Allahu Akbar” (“Alá é Grande”), enquanto proferiam golpes contra a jovem cristã. “Os alunos e os professores muçulmanos não gostam de cristãos na faculdade”, relatou um estudante.
A Nigéria tem tido um crescimento na perseguição contra cristãos, aparecendo na 7ª posição da Lista Mundial de Perseguição da Portas Abertas.