Marcos Rogério (DEM-RO) afirmou que os mesmos autores da CPI insistem em criar fatos políticos
Um grupo de juristas irá protocolar nesta quarta-feira, 8, na Câmara dos Deputados, um novo pedido de impeachment contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). O pedido vai usar como base os fatos apurados na CPI da Covid.
O senador Marcos Rogério (DEM-RO) apontou que esse pedido não traz nenhum elemento probatório que possa imputar responsabilidade ao presidente da República.
“Depois do fracasso que se revelou a CPI, que não foi levada a sério por parte da sociedade, os mesmos autores, agora, insistem em criar fatos políticos”, falou em entrevista ao Jornal da Manhã da Rádio Jovem Pan.
Ele ainda criticou a banalização do impeachment. “As instituições não podem se prestar a esse tipo de expediente com um instituto tão importante e de efeitos tão graves como é o impeachment”, acrescentou. “Estão forçando a mão para gerar um fato de desgaste ao presidente.”
Entre os autores que assinam o pedido de impeachment estão Miguel Reale Júnior, Alexandre Wunderlich, José Carlos Dias (ex-ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso) e Antônio Claudio Mariz de Oliveira (ex-presidente da OAB-SP).
“Qualquer pedido de impeachment precisa contar com ambiente político para isso. Neste caso, você não tem robustez probatória e nem ambiente político”, emendou o senador.
Acompanham o ato de entrega os senadores que integraram a cúpula da CPI: Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
“Não foram identificados crimes contra o presidente. Quanto ao relatório da CPI encaminhado à Procuradoria-Geral da República, ali você tem uma peça de narrativas, mas sem nenhuma robustez probatória”, concluiu Marcos Rogério.