Veículo de imprensa criticou a afinidade existente entre Lula e regimes como da Nicarágua e da China
O jornal O Estado de São Paulo publicou um editorial nesta sexta-feira (21) com duras críticas ao ex-presidente Lula (PT) e ao Foro de São Paulo, entidade que reúne partidos políticos e organizações de esquerda da América Latina e do Caribe. No texto, o veículo diz que o Foro é uma “verdadeira frente ampla autocrática” e que “nasceu retrógrado”.
“O fracasso em cada um desses compromissos [com os direitos humanos, a democracia e a soberania popular] foi retumbante e catastrófico para os povos de países como Venezuela, Cuba ou Nicarágua, mergulhados sempre mais fundo na miséria econômica, social, política e moral por ditaduras militares comandadas por clãs familiares”, aponta o Estadão.
Em outro ponto, o jornal afirma ainda que o “malogro em ‘moderar’ a esquerda é só mais um pelos quais” o Partido dos Trabalhadores (PT) “não está disposto a se redimir”. O veículo destaca que o PT costuma sempre atribuir culpa a “outros”, como por exemplo ao “imperialismo neoliberal” dos Estados Unidos, por insucessos da esquerda.
“Não fosse por isso [o imperialismo neoliberal], já disse Lula, Cuba seria a Holanda, ou seja, um regime democrático e capitalista com um irretocável histórico de tolerância civil e religiosa”, diz o veículo.
O Estadão lembra também de episódios como a defesa feita por Lula do regime ditatorial de Daniel Ortega na Nicarágua ou da admiração do petista pelo “controle e poder de comando” do Partido Comunista da China, e conclui dizendo que, quando o PT fala em democracia, a sigla, na verdade, se refere a um tipo “peculiar de democracia”.
“Assim como outros próceres autoritários do Foro de São Paulo, o PT, quando fala em democracia, que Lula agora se oferece para salvar, está se referindo a um tipo muito peculiar de democracia – que o digam aqueles que tiveram sua reputação destruída pelos petistas porque ousaram questionar o Partido dos Trabalhadores e seu Grande Líder”, finaliza.