‘Tempos de ditadura’ – Esquerda quer que Moraes proíba o porte de armas nas eleições

Os parlamentares pedem que somente as forças de segurança pública sejam autorizadas a circular livremente portando armas nos dias em que serão realizadas as votações

Deputados de oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentaram, nesta quinta-feira (13), uma consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a possibilidade de a Corte proibir o porte de armas em todo o território nacional no dia das eleições.

O documento foi entregue em mãos ao vice-presidente do TSE, Alexandre de Moraes, num ato dos partidos coligados nacionalmente à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência. Os parlamentares pedem que somente as forças de segurança pública sejam autorizadas a circular livremente portando armas nos dias em que serão realizadas as votações.

Segundo os congressistas, que estiveram em uma reunião com Moraes, o ministro teria dito que as respostas a todas as demandas seriam “precisas, eficientes e rápidas”. O magistrado ainda teria sinalizado positivamente a uma proposta da oposição de que o TSE dê início a uma campanha nacional em defesa da paz nas eleições.

Entre os signatários da consulta estão os deputados Bira do Pindaré (PSB-MA), Alencar Santana (PT-SP), Reginaldo Lopes (PT-MG), Afonso Florence (PT-BA), Renildo Calheiros (PCdoB-PE), André Peixoto Figueiredo Lima (PDT-CE), Joenia Batista Carvalho (REDE-RR), Wolney Querioz Maciel (PDT-PE) e João Carlos Batista (PV-BA).

Além de fazer a entrega da consulta, membros da coligação nacional da candidatura de Lula apresentou um pedido de providências ao TSE, com o objetivo de que sejam adotadas as “medidas administrativas cabíveis para a garantia da segurança e da paz” nas eleições deste ano.

Em reunião no TSE, partidos que apoiam candidatura de Lula ainda exigem multa a Bolsonaro por “incitar a violência”

Nesta quarta-feira (13), os líderes de partidos de esquerda que apoiam coligação Lula-Alckmin pediram ao ministro Alexandre de Moraes, futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pedem que Bolsonaro seja obrigado a condenar o assassinato do tesoureiro do PT, Marcelo de Arruda, morto a tiros pelo policial civil federal Jorge Guaranho, apoiador do governo, sob pena de multa diária de R$ 1 milhão em caso de descumprimento. A defesa do acusado, no entanto, negou que o crime tenha sido motivado por uma intolerância política.

Também foi pleiteado que pré-candidato à reeleição seja multado no mesmo valor, caso faça qualquer tipo de discurso de ódio ou incitação à violência contra seus opositores. Em outro trecho, os parlamentares defenderam que os partidos passem a ser diretamente responsabilizados por atos de violência de seus filiados. O modelo foi comparado ao que acontece quando clubes de futebol são punidos por atos de suas torcidas organizadas.

Com informações do Pleno News

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