Entidade quer derrubar live de Bolsonaro sobre fraude eleitoral

Associação Brasileira de Mídia Digital acusa o presidente de inventar falsas vulnerabilidades das urnas eletrônicas

A Associação Brasileira de Mídia Digital (ABMD) pediu ao YouTube que faça a exclusão definitiva de sua plataforma de todos os vídeos produzidos a partir da live presidencial realizada na noite de quinta-feira (29), assim como a sua íntegra, em que o presidente Jair Bolsonaro questiona as possíveis fragilidades no sistema eleitoral brasileiro.

Segundo a associação, o presidente Jair Bolsonaro usou seu canal na plataforma “para inventar falsas vulnerabilidades das urnas eletrônicas e do processo de apuração e contagem de votos do Brasil” e “também atacou instituições como o Supremo Tribunal Federal, o Tribunal Superior Eleitoral e seus ministros”.

Na transmissão em questão, o presidente apresentou vários vídeos, trechos de reportagens e contagens de votos exibidas em emissoras de TV, bem como tabelas que indicariam um “padrão” na apuração dos votos. Ao lado de um homem identificado apenas pelo nome de Eduardo, Bolsonaro mencionou, no início, relatos de eleitores que não teriam conseguido votar nele em 2018.

Bolsonaro ainda defendeu o voto impresso, para que seja instituída uma “contagem pública” dos votos, e não uma apuração numa “sala secreta” do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além disso, ele também defendeu seu governo e alertou para riscos de uma eventual vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).