Empresas dos EUA e do Canadá vão atuar na base de Alcântara

Evento de anúncio contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, ministros e integrantes das Forças Armadas

A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Agência Espacial Brasileira (AEB) anunciaram nesta quarta-feira, 28, o resultado do edital de chamamento público para selecionar empresas com interesse em realizar operações de lançamento de veículos espaciais não militares a partir do Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão.

Foram quatro as empresas selecionadas, cada uma responsável por operar uma unidade da base. Três são dos Estados Unidos — Hyperion, Orion Ast e Virgin Orbit — e uma do Canadá, C6 Launch.

O evento para anunciar as empresas, que ocorreu em Brasília, contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, de ministros e de integrantes das Forças Armadas. Outro edital, lançado em 16 de abril, vai selecionar empresas para atuar em outra área do centro espacial.

Segundo o comandante da FAB, tenente-brigadeiro do ar Batista Júnior, a operacionalização da Base de Alcântara vai ter impactos positivos no desenvolvimento do programa espacial brasileiro. “Nós lançamos, desde 2019 até agora, quatro satélites. Vêm outros pela frente. Essa é a decolagem do programa espacial brasileiro”, comemorou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes.

Acordo de Salvaguardas

Em 2019, o Brasil e os Estados Unidos firmaram um Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST). Por meio desse acordo, o país tem a possibilidade de lançar foguetes e espaçonaves, nacionais ou estrangeiras, que contenham partes tecnológicas norte-americanas. Em contrapartida, o Brasil garante a proteção da tecnologia contida nesses equipamentos. Atualmente, em torno de 80% dos equipamentos espaciais do mundo possuem algum componente norte-americano.

Base de Alcântara

O Centro Espacial de Alcântara está localizado em posição estratégica para o lançamento de satélites. Sua proximidade com a linha do equador pode reduzir em cerca de 30% o consumo de combustível. A amplitude de lançamento de mais de mais 100 graus permite inserir cargas úteis em órbitas polares e equatoriais.

Com informações da Agência Brasil

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