Empresa aérea é condenada por ‘gordofobia’

Juliana denunciou a companhia aérea após funcionária dizer que ela é ‘gorda demais’

A Justiça de São Paulo determinou, na terça-feira 20, que a empresa aérea Qatar Airways pague tratamento psicológico à modelo plus size Juliana Nehme, por ter dito que ela é “gorda demais” para viajar na classe econômica. Juliana estava embarcando de Catar para Doha, e depois viria para o Brasil.

A companhia informou que Juliana deveria comprar uma passagem com assento especial para poder viajar. O valor da classe executiva é três vezes maior do que a passagem que ela havia comprado, um custo de aproximadamente R$ 18 mil. A Qatar Airways foi condenada pelo crime de “gordofobia”.

A juíza Renata Martins de Carvalho, da 17ª Vara Cível do Foro Central de SP, condenou a companhia aérea a pagar por um tratamento psiquiátrico ou psicológico a Juliana, por profissional da confiança familiar, “consistente em uma sessão de terapia semanal no valor de R$ 400 cada uma, pelo período de, pelo menos 1 (um) ano, perfazendo R$ 19.200, a serem depositados na conta bancária da autora”, a partir de janeiro de 2023.

“A concessão parcial da tutela de urgência se mostra medida razoável e proporcional para assegurar a superação do evento estressante e traumático pela coautora Juliana, bem como garantir o tratamento psiquiátrico para o transtorno mental e emocional e, assim, evitar o agravamento do distúrbio mental e emocional diagnosticado por profissional especializado”, diz a juíza.

Para o advogado Eduardo Barbosa, da defesa de Juliana, a condenação da empresa é “um marco na luta contra o preconceito, contra a gordofobia”. “É um marco na luta contra o preconceito, já se constatou a gravidade dos atos praticados pelos funcionários da Qatar Airways e a vítima já está sendo acolhida pela Justiça”, disse.

Fonte: Revista Oeste

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