Embraer vai fornecer aviões militares à Holanda

O modelo C-390 venceu a disputa com o norte-americano Lockheed Martin

A empresa brasileira Embraer fechou um contrato com a Força Aérea da Holanda para fornecer cinco aeronaves C-390, que serão entregues a partir de 2026. Esse modelo não tem capacidade para reabastecer outros aviões.

É o terceiro contrato de exportação do modelo — todos eles para estratégico mercado europeu da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Antes, Portugal havia adquirido cinco unidades e a Hungria, duas.

Segundo o secretário de Defesa holandês, Christophe van der Maat, a ideia inicial era comprar quatro aviões, mas os desafios da saída do Afeganistão e a situação de segurança na Europa com a guerra da Ucrânia mudaram o cenário.

O C-390 venceu a disputa com o norte-americano Lockheed Martin C-130J Super Hércules, o mais venerado avião de transporte militar do mundo.

Os valores não foram divulgados, mas Van der Maat disse ao Parlamento holandês na quinta-feira 16 que a previsão com a ampliação das horas de voo estimadas para os aviões é de algo entre € 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões) e € 2,5 bilhões (R$ 13,3 bilhões). É um volume bastante polpudo, mas que inclui gastos futuros de manutenção.

No negócio húngaro, de menor escala, o pacote com dois aviões e apoio tecnológico saiu por US$ 300 milhões (R$ 1,5 bilhão no câmbio atual).

“A Embraer está honrada com a decisão. Reconhecendo que ainda há muito trabalho a ser feito nos próximos meses, estamos comprometidos com o sucesso dessa nova fase de cooperação. Neste processo, a Embraer tem o compromisso de aprofundar ainda mais a colaboração com a indústria local e os centros de pesquisa”, informou a fabricante brasileira, em nota.

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