Apesar das condições apresentadas, o apoio da sigla ao Partido dos Trabalhadores já é praticamente certo
O PT se reuniu nesta quarta-feira, 9, com o Partido Socialismo e Liberdade (Psol) para discutir o apoio da sigla à candidatura do ex-presidente Lula à Presidência da República.
De acordo com Guilherme Boulos (Psol), a adesão do Psol ao PT depende da disposição de Lula em revogar “reformas neoliberais” e em aprovar a taxação de grandes fortunas. O Psol elaborou uma plataforma com 12 pontos que o partido considera fundamentais para a construção de uma “frente ampla” encabeçada por Lula. Dos 12 pontos, três são prioritários.
O primeiro é a revogação do Teto de Gastos e da Reforma Trabalhista, medidas às quais o PT já demonstrou simpatia.
Já o segundo item é a realização de uma reforma que implemente a taxação das grandes fortunas.
O terceiro é a adoção de uma agenda ambiental mais incisiva, passando pela demarcação de terras indígenas até o combate ao uso de fertilizantes químicos na agricultura.
Apesar das condições apresentadas pelo Psol, o apoio da sigla a Lula já é praticamente certo. Mas isso não significa que os dois partidos avancem o acordo para compor uma federação.
A aproximação do PT com Geraldo Alckmin, provável candidato a vice-presidente de Lula, é criticada pelo Psol, que decidiu não comparecer ao ato de filiação do ex-tucano ao Partido Socialista Brasileiro, previsto para as próximas semanas. Apesar da discordância, o Psol diz aceitar a composição escolhida em nome de uma “frente ampla”.