A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou levantamento, nesta segunda-feira (1), apontando que 75 mil estabelecimentos comerciais – com vínculos empregatícios – encerraram as atividades no Brasil, em 2020, primeiro ano da pandemia da Covid-19.
Esse número é calculado a partir da diferença entre o total de abertura e de fechamento das lojas. As micro e pequenas empresas responderam por 98,8% dos pontos comerciais fechados. Todos os estados brasileiros registraram saldos negativos.
São Paulo (20,30 mil), Minas Gerais (9,55 mil) e Rio de Janeiro (6,04 mil) foram os estados que mais sofreram no ano passado e essa retração anual dos estabelecimentos comerciais é a maior registrada desde 2016, quando 105,3 mil lojas saíram de cena devido à recessão econômica naquele período.
Mas, nem tudo é negativo: apesar do número elevado de pontos comerciais fechados em 2020, as vendas no varejo tiveram queda de apenas 1,5%. De acordo com a Confederação, foi o menor percentual esperado para um momento tão crítico.
O comércio eletrônico e a distribuição do auxílio emergencial mantiveram o nível de consumo e foram determinantes para o reaquecimento do comércio no Brasil.
“Na primeira metade do ano, quando o índice de isolamento social chegou a atingir 47% da população, as vendas recuaram 6,1% em relação a dezembro de 2019. Na segunda metade do ano, quando se iniciou o processo de reabertura da economia e foram registrados os menores índices de isolamento desde o início da crise sanitária, as vendas reagiram; avançando 17,4%”, analisa o estudo.