O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, atendeu a um pedido da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e concedeu uma medida cautelar; autorizando os detentos que se identificam como transexuais a optarem por presídios masculinos ou femininos. A medida foi tomada há algumas semanas, mas, agora, está sendo questionada por entidade que atua pelos direitos das mulheres, que quer que a decisão seja revertida.
A filial brasileira da Women’s Human Rights Campaign (Campanha pelos Direitos Humanos das Mulheres) pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR), na quinta-feira (1), para interceder no sentido de suspender a decisão de Barroso. Na petição, com aproximadamente 60 páginas, a organização cita o alto índice de violência entre presos do sexo masculino, a vantagem física dos homens biológicos em confrontos corporais e o risco de estupro.
Além disso, o pedido vem acompanhado de uma longa lista de casos de violência cometidos contra pessoas vulneráveis por homens que se identificavam como mulheres.