A cúpula do Partido Liberal (PL) está preocupada com a crescente especulação sobre a possível prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A legenda acredita que as recentes operações da Polícia Federal (PF) contra membros do partido configuram uma “perseguição política” e servem como prelúdio para a detenção do ex-chefe do Executivo.
Aliados próximos de Bolsonaro avaliam que um roteiro está sendo montado para culminar na prisão do ex-presidente nos próximos meses.
A estratégia do PL envolve reforçar a narrativa de perseguição junto ao eleitorado, posicionando a legenda e a direita como vítimas de um ataque político. A meta ambiciosa é eleger prefeitos em pelo menos 1.500 cidades.
No entanto, o PL enfrenta desafios para levar sua mensagem ideológica ao interior do país durante a campanha municipal. Transformar a narrativa de perseguição em bandeira para as cidades pode ser difícil, especialmente em um contexto em que as preocupações da população se concentram em questões locais, como saúde, educação e infraestrutura.
Outro obstáculo para o PL é a comunicação precária entre os alvos da última operação da PF, como Bolsonaro e o presidente do partido, Valdemar Costa Neto. Essa restrição impede discussões sobre composições de chapas e acordos relacionados às posições da legenda em diferentes cidades.
Além disso, há uma outra possibilidade dentro do partido que pode ser uma “carta na manga”. O posto de presidente da sigla pode trocar de mãos e Valdemar abrir caminho para outro nome traçar as estratégias eleitorais junto com Bolsonaro.
Para o economista Leandro Ruschel “o objetivo é claro: liquidar a direita brasileira. Próximo passo é prender Bolsonaro e fechar o PL.”
O ex-presidente sabe disso e já tem trabalhado nos bastidores para evitar uma eventual prisão meramente política.